sábado, 15 de outubro de 2011

A História dos Gatos - O reencontro com os gatos

          Com o tempo, a Igreja também foi sendo mais tolerante à presença do gato, e a perseguição aos felinos foi diminuindo. Ao fim da Idade Média, a aceitação dos gatos nas residências teve um novo impulso, fenômeno que também se estendeu às embarcações, onde os navegadores os mantinham como mascotes. Conhecidos como gatos de navios, esses animais assumiam também a função de controlar a população de roedores a bordo da embarcação. Com o passar do tempo, muitos gatos passaram a ser considerados animais de luxo, ganhando uma boa posição do ponto de vista social, sendo até utilizados como "acessórios" em eventos sociais pelas damas. Nessa época, o gato começou a passar por melhoramentos genéticos para exposições, começando assim a criação de raças puras, com pedigree. Uma das primeiras raças criadas para essa finalidade foi a Persa, que ficou conhecida após sua introdução no continente europeu, realizada pelo viajante italiano Pietro Della Valle.
 
        No século XIX o gato foi exaltado nas artes por grandes nomes como, Victor Hugo e Bandelaire. Neste período, Isaac Newton, para maior conforto dos seus gatos, inventa a portinhola, que permitia que os gatos entrassem e saíssem de casa quando bem entendessem. Ainda neste século são aprovadas na Inglaterra as primeiras leis anti-crueldades, e fundadas as primeiras organizações em defesa do gato e de outros animais. Finalmente os gatos passariam a receber cuidados especiais. Mendel não estudou apenas ervilhas, mas também os gatos. O pai da genética ficou impressionado com a alta diversidade resultante dos cruzamentos e com certas permanências que lhe sugeriram a hipótese de dois fatores, um recessivo e outro dominante.

     Atualmente, os gatos são animais bastante populares, servindo ao homem como um bom animal de companhia, e ainda continuam sendo utilizados por agricultores e navegadores de diversos países como um meio barato de se controlar a população de determinados roedores. Apesar de domesticado, ainda possui características em comum com os seus parentes selvagens, como a técnica de caça. Gracioso, sociável, higiênico, inteligente e independente, passam cerca de 50% da vida em sono leve, 15% em sono profundo, e a maior parte dos 35% restantes, caçando, namorando, brincando e principalmente se limpando.

        Estima-se que existam hoje, só nos Estados Unidos aproximadamente 65 mlhões de gatos, um número que ultrapassa em larga escala o número de cães domésticos. O gato mais velho do mundo até hoje relatado foi o “Creme Puff” que chegou a seu 38o aniversário em agosto de 2005.

        Desta forma, hoje a população de gatos esta aumentando cada vez mais, superando em muitos locais a população de cães, tornando assim importantíssimo que profissionais tenham um conhecimento cada vez maior desta espécie. A medicina de felinos está ficando cada vez mais em evidência e os proprietários de gatos exigindo um maior cuidado e conhecimento, técnico e teórico, dos profissionais que cuidam de seus bichanos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário